segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Mudando de Endereço...

Olás!!

Estou de volta para informá-los que meus dois blogs aqui do blogspot em breve serão desativados. Irei reunir todo o conteúdo em:

nutricaonoesporte.wordpress.com


Continuem nos acompanhando no endereço novo e pelo Twitter (@erikaborgesnut)...todos serão novamente muito bem-vindos!!

Obrigada pelo apoio e atenção até o momento.

Nutricionista Erika Borges.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Dúvidas sobre exercícios??

Impossível falar de nutrição esportiva sem o suporte de quem mais entende de atividade física e esportes em geral:

Para esclarecer dúvidas, um dos meus parceiros, amigo e educador físico Rafael Bueno acaba de lançar seu blog sobre o tema sendo um excelente complemento para quem me acompanha por aqui ou pelo Twitter.

Vale a pena conferir:

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Os Benefícios do Aleitamento Materno Exclusivo

A Mãe do Enzo (foto) o amamentou exclusivamente durante os 6 primeiros meses de vida e, até hoje, aos 10 meses, ele nunca apresentou problemas de saúde relacionado a baixa imunologia.

Não há dúvidas quanto às vantagens do Aleitamento Materno Exclusivo (AME) nos primeiros 6 meses de vida e as desvantagens da introdução precoce de outros alimentos e mesmo líquidos, como água e chás, e uso de mamadeiras e chupetas

O leite materno é fundamental para a saúde das crianças nos seis primeiros meses de vida, por ser um alimento completo, fornecendo inclusive água, com fatores de proteção contra infecções comuns da infância, isento de contaminação e perfeitamente adaptado ao metabolismo da criança. Além do mais, o ato de amamentar é importante para as relações afetivas entre mãe e filho.
Já foi demonstrado que a complementação do leite materno com água ou chás nos primeiros seis meses de vida é desnecessária, inclusive em dias secos e quentes (Goldberg e Adams, 1983; Brown et al., 1986; Almroth e Bidinger, 1990; Sachdev et al., 1991; Ashraf et al., 1993). Recém-nascidos normais nascem suficientemente hidratados para não necessitar de líquidos, além do leite materno, apesar da pouca ingestão de colostro nos dois ou três primeiros dias de vida (World Health Organization / UNICEF, 1989).
A amamentação exclusiva tem sido recomendada por oferecer maior proteção contra infecções (Cunningham, 1979; Victora et al., 1987; Brown et al., 1989; Lucas e Coli, 1990). O efeito protetor do leite materno contra diarréias, como foi citado anteriormente, pode diminuir consideravelmente quando a criança recebe, além do leite da mãe, qualquer outro alimento, incluindo água ou chá (Brown et al., 1989; Victora et al., 1989, Popkin et al., 1990). Portanto, o aleitamento materno exclusivo – sem complementação com água ou chás – deve ser enfatizado nos primeiros meses de vida, considerando, entre outros fatores, que uma parcela significativa da população brasileira vive em condições precárias e a diarréia é ainda importante causa de mortalidade infantil.
Sob o ponto de vista nutricional, a complementação precoce é desvantajosa para a nutrição da criança, além de reduzir a duração do aleitamento materno (Popkin et al., 1983; Loughlin et al., 1985; Kurinij et al., 1988; Winikoff et al., 1989, Zeitlin et al., 1995) e prejudicar a absorção de nutrientes importantes existentes no leite materno, como o ferro e o zinco (Saarinen e Siimes, 1979; Oski e Landaw, 1980; Bell et al., 1987). A complementação com outros alimentos e líquidos não nutritivos diminui o volume total do leite materno ingerido, independente do número de mamadas (Sachdev et al., 1991; Drewett et al., 1993). Como os alimentos oferecidos às crianças pequenas, nos primeiros anos de vida, não são nutricionalmente tão adequados quanto o leite materno, outro fator que deve ser considerado na amamentação não exclusiva é o uso de mamadeiras para ofertar líquidos à criança. Essa prática pode ser prejudicial, uma vez que a mamadeira é uma importante fonte de contaminação, além de reduzir o tempo de sucção das mamas, interferindo na amamentação sob livre demanda, alterar a dinâmica oral e retardar o estabelecimento da lactação (Hollen, 1976; Monte et al., 1997; World Health Organization 1998b). A técnica de sucção da mama e da mamadeira / chupeta são distintas (Neifert et al., 1995). Os movimentos da boca e da língua necessários para a sucção da mama são diferentes daqueles utilizados para sugar a mamadeira, confundindo o bebê. De fato, recém-nascidos, expostos à mamadeira, podem apresentar dificuldade em sugar o peito (Newman, 1990; 1993).
Alguns bebês amamentados, após exposição à mamadeira, choram, ficam inquietos, pegam e largam o peito por dificuldades na sucção, o que pode diminuir a autoconfiança de suas mães, por acreditarem que os bebês não gostam de seu leite, que rejeitam o peito, entre outros. Vários estudos relatam associação entre o uso da mamadeira e desmame precoce (World Health Organization, 1998b).
Outro risco conhecido da alimentação artificial é a diluição inadequada do leite, muitas vezes por falta de recursos das mães, na tentativa de fazer com que o leite dure mais. Fómulas / leites fluidos muito diluídos ou muito concentrados são prejudiciais para a criança por influir no ganho de peso para menos ou para mais, respectivamente.
A amamentação exclusiva é importante também na diminuição da fertilidade após o parto. Sabe-se que a ausência de menstruação devido à lactação depende da freqüência e da duração das mamadas (McNeilly et al., 1985). Em comunidades onde as mulheres amamentam por menos tempo e começam a complementar a dieta da criança mais cedo, o período em que a mulher fica sem menstruar depois do parto é menor (Howie e McNeilly, 1982; Vitzthum, 1989; Gray et al., 1990).
Existe consenso de que a mulher que amamenta até os seis meses após o parto apresenta proteção contra nova gravidez (Family Health International, 1988). O espaçamento entre os nascimentos conferido pelo aleitamento materno é importante para a saúde da criança, especialmente nas populações menos privilegiadas (Palloni e Millman, 1986; Tu, 1989). A mortalidade em crianças que nasceram até dois anos após o nascimento de um irmão ou cujas mães engravidaram antes que completassem dois anos, em 39 países em desenvolvimento, é consideravelmente maior do que a encontrada entre as crianças que têm uma diferença de dois ou mais anos com o irmão mais próximo (Huttly et al., 1992).

FONTE: Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos (OPAS/MS,2002)

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Twitter!

Olá, pessoal!

Sigam-me pelo Twitter: www.twitter.com/erikaborgesnut

Todo dia uma novidade (lá mesmo sem tempo fica fácil atualizar).

Um abraço e boa semana a todos!

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Existem fórmulas mágicas?


A cada dia um produto novo é lançado no mercado com a promessa do corpo perfeito em apenas algumas doses... Será que podemos confiar em tudo?

Os suplementos alimentares são importantes ferramentas que nos ajudam a incluir isoladamente os nutrientes exatos na hora exata, tanto na área clinica quanto esportiva. Entretanto, o marketing desses produtos, muitas vezes, vai além do que a eficácia nem sempre comprovada dos mesmos. As embalagens prometem em, apenas algumas doses, o corpo perfeito e a performance surpreendente apenas ao consumir o produto...assim! sem qualquer tipo de sacrifício dietético ou físico! Além da observação informal no dia-a-dia, há estudos nacionais que comprovam a preocupação de médicos e nutricionistas quanto ao consumo abusivo desses produtos (guardei os artigos a quem tiver interesse!):
Em estudo realizado em 2008 no Rio de Janeiro, por exemplo, apontava que mais de 60% de seus participantes consumiam suplementos alimentares, sendo 43% desses por auto-prescrição e, a maioria desses consumidores, eram adultos jovens (HIRSCHBRUCH, et al, 2008). Grande parte desse publico não sabia a finalidade do que consomem, nem se há eficácia comprovada ou efeitos colaterais, mas compram simplesmente porque o “amigo toma”, “o vendedor disse que era bom”, “porque na internet dizia que funcionava” ou por indicação do treinador.
Esses dados tornam-se mais preocupantes ainda ao se pensar que os únicos profissionais habilitados para a prescrição de suplementos alimentares são os médicos e nutricionistas, cabendo a esses profissionais desmistificar essa ilusão do suplemento como “fórmula mágica”: ele é apenas um detalhe, podendo ser ou não necessário ou decisivo a fim de “complementar” o que estiver deficiente na dieta ou que seja válido “suplementar” no ponto de vista patológico ou atlético.

Cabe ao educador físico, também, essa função de orientar o aluno a recorrer ao profissional da área e desmistificar por sua vez, a imagem de que o nutricionista seria contra suplementos, pois este é peça-chave para a evolução do indivíduo quanto a adoção de hábitos de vida adequados, devido a sua forte influencia sob os alunos por sua maior proximidade com os alunos e por ser o único profissional da saúde com contato diário com os alunos.


Segundo a ADA, para saber a real necessidade desses nutrientes adicionais e qual seria o ideal para o paciente é fundamental avaliar com muita cautela as necessidades nutricionais do individuo, o histórico de saúde, ou uso de medicamentos ou de outros suplementos associados, bem como a qualidade do produto, se há contaminantes, quais ingredientes estão presentes em sua formula, se a venda desse produto é legal e, cientificamente segura e eficaz. Para isso, somente um nutricionista mesmo ou, em casos patológicos ou de prevenção, os médicos.
A mensagem que quero deixar nesse post é que “o que funcionou pro seu amigo ou para o cara da internet” poderá, além de não funcionar para você, prejudicar-lhe de alguma forma: seja com interferência na sua saúde ou financeiramente, afinal, de que adianta comprar diversos produtos que não são os ideais para você? Não valeria mais a pena consultar alguém capacitado e ter o resultado garantido? Se não sobrar o dinheiro pro suplemento, não tem problema! Também sabemos ajustar sua dieta com os mesmos nutrientes encontrados no potinho da loja e indicá-los somente quando você puder comprar!
Por fim: Pressionar seu professor a indicar suplemento pode até funcionar, mas ele não irá se responsabilizar por possíveis prejuízos, afinal não cabe a ele o papel de nutricionista também. É fundamental ter essa consciência antes de aprofundar o tema que, atualmente, é onde estão as dúvidas mais freqüentes, principalmente de professores desesperados com esses “favores” que os alunos tanto pedem...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

O que consumir durante a corrida?


Será que todo corredor precisa alimentar-se durante a prova e toda prova exige algum tipo de suplementação?

De uns tempos para cá, a corrida tornou-se o esporte preferido de muitos brasileiros e as corridas de rua ganham cada dia mais participantes. Para agradar a todos os amantes dessa modalidade e permitir que mesmo os iniciantes nessa prática possam participar, tem-se provas das mais variadas distancias: 5 e 10 Km, meia-maratonas, maratonas e ultra-maratonas.Independente da distancia percorrida, é de suma importância ao corredor garantir uma alimentação adequada nos períodos pré e pós treino, além de uma boa hidratação (sem exageros).
Exercícios com menos de 1h30 de duração, como é o caso de provas de 5 e 10Km e as preferidas pelos brasileiros, não possuem a necessidade da oferta de nutrientes adicionais durante o percurso, basta-se hidratar-se corretamente.Entretanto, para corredores de longas distâncias, esse quadro muda de acordo com a distancia: quanto maior, maior a importância da alimentação nesse período. Alimentos sólidos podem causar desconfortos abdominais, com isso, uma conduta bastante utilizada por atletas e amadores, é a utilização de carboidratos, seja em soluções liquidas ou em géis (que possuem vantagens por ser mais fácil de levar durante a prova). O período de intervalo entre um sache e outro de carboidrato, por exemplo, varia de acordo com necessidades individuais. Mas como regra geral, aconselha-se começar o uso após cerca de 40 minutos de atividade e, repetir a dose a cada 30 a 40 minutos de exercício a fim de manter os níveis adequados de glicogênio. Em provas de longa distância, devido ao alto gasto energético, além do consumo de carboidratos, há necessidade de incluir outros tipos de nutrientes e eletrólitos para repor os gastos nutricionais e hidroeletrolíticos, podendo utilizar-se suplementos lipídicos ou até mesmo, protéicos, conforme a tolerância do corredor. Essas intervenções deverão ser testadas antes do período competitivo para evitar imprevistos que possam comprometer o rendimento durante a prova. Para a escolha do alimento ideal e suas quantidades, é de suma importância consultar um nutricionista esportivo mais próximo a você: esse é o único profissional habilitado para calcular suas necessidades e realizar testes preliminares, bem como a escolha ideal antes, durante e depois da prova.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Rapadura: Um doce ergogênico

A rapadura, alimento brasileiríssimo e muito tradicional, principalmente na região norte do país tem excelentes propriedades nutricionais, principalmente aos esportistas de diversas modalidades, por isso iremos trata-lo como um alimento importante em geral. Ok?O alto valor nutritivo desse derivado da cana-de-açúcar é tão apreciado que sua receita é copiada em mais 30 países e em Pernambuco, tornou-se um importante componente da merenda escolar, o que realmente é algo muito interessante por não conter qualquer aditivo químico.Além disso, a rapadura pode ser usada em substituição ao açúcar refinado, até mesmo porque, trata-se do mesmo alimento, porém na versão integral, que além de repor energias e garantir uma maior disposição fornece bons níveis de vitaminas (como A, C, D, E, vitaminas do complexo B e PP) e importantes minerais, como cálcio (fundamental para a saúde óssea, cardíaca e o bom funcionamento dos sistemas nervoso e muscular), Ferro (componente da hemoglobina, garante o transporte de oxigênio para as células), além de fósforo, potássio, cobre, zinco, manganês e magnésio. Todos esses nutrientes são estreitamente envolvidos com o exercício e a saúde geral do nosso organismo.Sem contar sua densidade energética: cerca de 100g do produto fornece 132Kcal e quase 80mg de sacarose! Ok, o açúcar refinado fornece quase 100mg nessa mesma quantidade de alimento, mas é apenas isso e nada mais. Enquanto a rapadura garante por sua excelente composição, a ativação de varias enzimas importantes no nosso metabolismo e ajudam a repor eletrólitos de grande importância para a contração muscular, por exemplo, que são comumente perdidos no suor e, ainda, mais 280mg de proteína.Um estudo com atletas de pólo aquático, incluía o alimento 20 minutos após o treino e mostrou resultados positivos quanto a recuperação pós-treino. Outros envolvendo musculação, natação, remo e ciclismo também, porém esses incluíam o produto antes e depois do exercício. Quanto ao futebol, há um estudo interessante, porém com o caldo de cana, que aponta o efeito ergogênico de sua suplementação (cerca de 0,7g/kg de peso corporal), na reposição dos estoques de glicogênio muscular.Ou seja, considerando essas informações constatamos que a rapadura e o caldo de cana são alimentos de alto índice glicêmico e de alto poder nutricional. O pico de insulina causado por esses alimentos induz a captação de glicose pelas células musculares, o que impede a hipoglicemia (associada a fraqueza e cansaço) induzida pelo exercício, além de favorecer a hidratação dessas células. A indicação de consumo desses alimentos seria de duas horas antes do treino ou logo após o término. Uma boa opção também, seria derreter a rapadura para ser consumida durante treinos muito longos, mas cuidado para não exagerar na dose: lembre-se que embora seja um excelente produto, ele é super calórico também.